Memória Insuficiente
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sexta-feira, dezembro 06, 2002
Carnatal 2002: uma análise econômico-fisiológico-turístico-químico-físico-psicológico-antropológico-social
Começou o Carnatal, onde? A festa que se passa no largo do Machadão (estádio de futebol da cidade) reúne milhares de foliões dispostos a pagar uma quantia exorbitante por quatro dias de farra.
A festa popular é para uma pequena parcela da população, já que está mais interessada na arrecadação dos pagantes. Estes ficam delimitados por uma corda, com camisas iguais, ao redor de um trio elétrico. É nessa que a maioria jovem espera beijos, amassos, pegação, roça-roça, "bolinamento" e muito mais. Parece que essa tribo tem um pensamento de libertação coletiva ao entrar num bloco de carnaval-fora-de-época. Antropologicamente, eu diria que o homem procura seus semelhantes: uma camisa é uma ótima forma de destacar essas pessoas. Por isso que a "pipoca" não é tão glamourosa.
Na arquibancada ficam os indivíduos que ou não têm alegria o suficiente para participar mais ativamente da festa, ou o dinheiro é o que falta (são praticamente voyeurs sociais). Nos camarotes a coisa é diferente: está sobrando dinheiro, vontade de "não se misturar", mostrar classe, luxo.
Nos trios, músicas como: AêAê AêAêAê, AêAê AêAêAê, AêAê AêAêAê, AêAê AêAêAê, AêAê AêAêAê. Ou aquelas que indicam direções aleatórias. Mas não vamos nos deter a isso agora, vamos ao mais importante: essas bandas que vivem de carnaval devem ser as formadoras de movimentos fora-de-época, pois isso faz parte de sua sobrevivência. Se o Brasil tem muita festa é porque tem muita gente que vive disso.
Carnatal também é época de drogas, não a maconha, a cocaína..., mas sim o "loló"(ou como vocês conhecem), que ,descobri, é feito da mistura de amoníaco com éter na proporção de 1:10. O éter é um estimulante, o amoníaco é um depressor. A mistura deve desregular completamente o organismo. Dizem "é uma viagem de minutos que você consegue fazer em segundos", mas já existiram casos muito tristes de queimaduras e coisas piores. E ainda tem a "lança", que , digamos, é mais elegante que o "loló", vem da Argentina e é üm do únicos produtos que ela ainda pode exportar".
Por fim, e não menos pior, festas dessa grandeza são uma boa forma de disseminação de doenças como herpes, AIDS, Sífilis ... já que aglomeração de pessoas promove m contato mais próximo e íntimo.
Essa festa se articula com vários pontos da sociedade e mexe com todos os tipos de pessoas. Mesmo não agradando a todos. Os que não gostam ficam com todo o resto da cidade, ou então saem dela. (a propósito estou saindo para a praia, Pipa, como no ano passado. Vou a uma festa que tem mais a ver comigo. Pipa é agitada à noite. Vou ver os golfinhos. O Carnatal? Falam que em Pipa se chama Carnaconha, mas isso não é regra para todos).
postado por Doutor D
@ 12:07 AM
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